terça-feira, 19 de julho de 2011

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Desidratação I (para bebês de 0 a 1 ano)

Desidratação sempre foi uma palavra tão distante, um problema que, na minha cabeça desinformada, só acontecia com crianças no mínimo “descuidadas” pelas mães.
Eis que aos 4 dias de vida o Pedro foi internado com desidratação! Eu não tinha nenhuma informação sobre isso, não sabia os sintomas, nada.
Descobri que qualquer criança pode ter desidratação, mesmo que a mãe esteja atenta, e que, ficar atenta aos primeiros sinais da desidratação é o que de melhor podemos fazer.


Como posso saber se meu filho está desidratado? A criança fica desidratada porque perdeu muito líquido e não está conseguindo repô-lo em quantidade suficiente. Isso acontece devido à febre, ao calor excessivo, aos vômitos ou à diarréia. No caso do Pedro ele desidratou por que meu leite demorou muito para descer e por que estava muito calor nos dias após seu nascimento. E a febre, no caso dele, foi consequência da desidratação, e não causa.
Bebês e crianças pequenas ficam desidratadas rápidamente, e a desidratação pode ser fatal se não tratada a tempo. Se você achar que seu filho está desidratado, leve-o ao médico ou ao pronto-socorro no mesmo dia.
Procure ajuda médica imediatamente se perceber que:
• o bebê não molha a fralda há seis horas.
• a urina da criança está amarelo escuro.
• o bebê não está brincando nem se movimentando como normalmente faz.
• a moleira do bebê está funda.
• a boca do bebê está seca demais.
• não saem lágrimas quando o bebê chora (após os 3 meses).
  • E se associado aos anteriores:
  • o bebe não está soando como de costume
  • o bebe está pedindo para mamar mais vezes do que o normal (se associado aos anteriores)
No hospital, o bebê será reidratado com soro na veia, e a recuperação costuma ser rápida.
O que fazer para evitar a desidratação?
Ofereça muito líquido ao bebê -- pode ser leite materno ou fórmula de leite em pó, se for o que ele costuma tomar. É raro bebês amamentados exclusivamente ao seio ficarem desidratados, mas, se seu filho tiver sinais de desidratação, ofereça o peito com frequência. Não adiantou no nosso caso porque como era muito no começo a amamentação eu ainda não tinha leite suficiente e não tinha percebido isso.
Se o motivo da desidratação for dor de garganta ou de ouvido, pergunte ao médico se pode usar um analgésico como o parecetamol para aliviar o desconforto, a fim de que o bebê consiga mamar. Nos dias de calor, mantenha o bebê em lugares frescos e à sombra.
Caso seu filho esteja ficando desidratado porque está vomitando ou com diarréia, você pode dar a ele uma solução especial para reidratação, vendida nas farmácias, evite o soro caseiro, pois o erro na medida pode ocasionar maiores problemas do que a própria desidratação.
Experimente o seguinte plano: (dependendo da idade do bebe, se for muito novo procure imediatamente um pronto atendimento)
• Quando o bebê tiver parado de vomitar, comece a dar pequenas quantidades de líquido (soro de reidratação) a cada meia hora. Procure dar líquidos frios ou gelados.
• Depois de duas ou três doses, se ele não tiver vomitado, aumente a quantidade para 50 ml de solução para reidratação a cada meia hora.
• Quando ele tiver conseguido segurar duas ou três doses no estômago sem vomitar, tente amamentar ou dar a fórmula de leite em pó (se for o que ele toma) diluída, cerca de 100 ml a cada três ou quatro horas.
• Quando o bebê tiver passado mais que 12 horas sem vomitar, você pode ir retomando a alimentação normal, mas sempre caprichando nos líquidos. Comece com alimentos fáceis de digerir, como papinhas de arroz ou tubérculos como batata ou frutas como maçã, banana-maçã e pêra.
• Não dê remédios contra a náusea para seu filho, exceto por estrita recomendação médica. O remédio pode dar sono e fazer a criança ingerir menos líquidos do que deveria. Além disso, existe o perigo da superdosagem, que pode ser extremamente tóxica.
O que pode estar deixando meu filho desidratado?
Febre. A febre está entre as causas mais frequentes de desidratação. Quando fica com febre, o bebê transpira, e a água evapora da pele na tentativa de controlar a temperatura. Ele também pode respirar mais rápido, o que acelera a perda de líquido quando ele exala o ar.
Calor demais. O excesso de atividade num dia quente ou a exposição ao calor em ambientes fechados podem fazer seu filho transpirar demais e perder muito líquido.
Vômitos e diarréia. Se o bebê está com algum vírus ou bactéria que ataca o sistema digestivo, perde muito líquido na forma de diarréia, e também com os vômitos. Essa é a maneira mais comum de ficar desidratado, e pode acontecer bem rápido.
Rejeição a líquidos. A dor de garganta ou a dor de ouvido, além de doenças como estomatite e sapinho, que causam lesões na boca, podem fazer com que o bebê não consiga beber líquidos, o que pode levar à desidratação.
Esse post é apenas de caráter informativo, em suspeita de desidratação entre em contato imediatamente com o pediatra do seu filho, ou vá ao pronto atendimento mais próximo.
Abraços,
Bruna

3 comentários:

  1. É muito importante saber sobre a desidratação... principalmente quando eles são peqeunos e não temos experiência... né?
    Bjao

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  2. Ótimo Bruna, assunto pouco abordado mas foi de grande valia!
    beeijo

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