terça-feira, 5 de julho de 2011

6

Dicas para um fim da licença maternidade mais agradável

Quando estamos grávidas as pessoas perguntam o que faremos quando a licença maternidade terminar, e com toda segurança e facilidade respondemos: Ele ficará na escolinha, na casa da avó, com a babá etc!
Simples e fácil assim... pelo menos foi assim comigo e com muitas mamães que conheço...
Mas o bebe nasce, e a mãe que já o amava na barriga cai de amores pelo filho.... Ele vem todo frágil e precisando dela para tudo... ele precisa dela e ela se vicia nele! A mãe no turbilhão de emoções e responsabilidades que invade a vida nas primeiras semanas em uma fração de segundo se lembra: um dia a licença vai terminar.... Ahhh, mas está tão longe! Tão longe que parece que esse dia nunca vai chegar!
Mas sinto informar, ele chega sim! E muito mais rápido do que qualquer uma poderia imaginar....

Decidi falar sobre isso essa semana por que estou vivendo intensamente o retorno ao trabalho, minha licença terminou semana passada. Eu que só me separava do Pedro para tomar banho estou tendo que passar 8 horas do meu dia longe do meu tiquinho!
Chorei muito antes... Nas semanas que antecederam, emocionalmente eu fiquei derrubada, mas racionalmente eu me preparei muito e preparei o Pedro também para isso. Deu certo.
Acredito que uma vez tomada a decisão de que a mãe voltará a trabalhar algumas atitudes devem ser tomadas para que essa separação , física apenas, por que nosso coração e cabeça ficam na escolinha, casa da vó, babá, cuidadora, aconteça da maneira mais natural possível para mãe e filho.

Tivemos um retorno ao trabalho e início na escolinha muito tranquilos, por isso estou dividindo minhas dicas para uma adaptação à nova realidade:

1)      A decisão do retorno ou não deve ser muito bem conversada em família. É preciso que racionalmente pensem nos prós e contras desse retorno. Nem retornar e nem ficar é o melhor universal, a realidade é que para cada família existe uma resposta, e você deve encontrá-la. Eu acho que tomar essa decisão é o mais difícil de tudo, e nisso o papai pode ajudar muito, pois a mãe está emocionalmente envolvida  demais com a criança, e de verdade, mãe nenhuma quer deixar seu bebê.
2)      Uma vez que a opção tenha sido o retorno ao trabalho, é preciso decidir quem cuidará da criança. Mais uma vez é algo a ser conversado em família. Cada opção tem suas vantagens... ficar com a vovó vai proporcionar todo o carinho que só a família pode dar. Ficar com babá vai ter como grande vantagem o fato de que seu bebezinho não vai precisar sair do ambiente dele, só muda a cuidadora que deixa de ser a mãe. Deixar o bebê na escolinha proporcionará ao seu filho o contato com outras crianças, muitos estímulos, uma rotina bem estabelecida. E é claro que cada um também tem suas desvantagens, mas acho muito pessoal pois depende da vovó, da babá, da escolinha... Caso a opção seja babá ou escolinha é importante, ou melhor, importantíssimo, fundamental, que exista confiança. Sem confiança a separação tende a se complicar. Por isso a escolha da escolinha ou da babá é tão importante. A Tati já explanou muito bem sobre a escolha da escolinha publicando um check list que você pode conferir aqui. Eu senti isso muito forte pois um dia antes da adaptação eu ainda achava que as tias da escolinha não pegariam o Pedro no colo ou que não cuidariam bem, e fui para a adaptação chorando. Lá eu vi que eram carinhosas, que estavam sempre com os bebes no colo, que falavam com eles em tom amoroso. Vi que os bebes estavam sempre limpinhos e brincando independente da hora que eu chegasse lá. A partir desse momento deixar o Pedro na escolinha se tornou muito mais fácil. Só ficou a saudade, a insegurança foi embora, e isso já é um baita alívio!
3)      Para preparar seu bebê e você mesma para esse momento é importante fortalecer os vínculos afetivos desde o nascimento, não adianta querer preparar tudo na última semana, quem é mãe sabe que o ritmo com filhos é outro! A melhor maneira de garantir uma separação mais tranquila é fortalecer os vínculos e garantir o apego seguro. É isso que dará à criança a sensação de que o afastamento não representa abandono. Isso significa garantir um equilíbrio saudável entre o trabalho e maternidade. Ou seja, a mãe precisa de um período para estreitar os laços com o filho sem se preocupar com sua estabilidade profissional. Nesse sentido a licença maternidade cumpre um papel decisivo, especialmente a de seis meses. Um sinal de que esses vínculos estão indefinidos é o choro intenso e desesperado do bebê, a apatia, o desvio de olhar ou a recusa em se alimentar. Nesses casos vale a pena reavaliar o retorno.
4)      O fim da amamentação exclusiva. Caso o fim da licença esteja chegando e o bebê ainda estiver mamando apenas no peito, é importante, dependendo da idade dele e com o acompanhamento do pediatra, iniciar a introdução de alimentos sólidos. A pediatra do Pedro sugeriu uma semana antes do fim da licença, porém iniciei 21 dias antes, ainda bem, ele demorou uns 15 dias para eu poder ter certeza de que se alimentaria com leite na mamadeira, suquinhos e frutinhas. Esse tem sido o tempo médio que tenho visto com a maioria das mamães. A mudança da alimentação exclusivamente através do peito materno para mamadeiras e papinhas pode ser estressante para a criança, e isso será minimizado se for feito por uma pessoa que ela confie, como a mamãe.
5)      A idade da criança também é fator fundamental para a facilidade na adaptação, segundo a psicopedagogia depois dos 9 meses o bebê vai dar mais trabalho. A memória de uma criança com menos de 9 meses de idade ainda não retém informações por muito tempo, mesmo que seja a imagem da mãe. Essa condição diminui o sofrimento na hora da separação.
6)      O adulto sente mais a separação do que a criança. Ouvi muitas vezes que a adaptação é da mãe e não da criança... acho que concordo! Na primeira semana do Pedro ele não chorou... eu em compensação não posso falar o mesmo de mim! Chorei muitas vezes, mas não em frente ao Pedro. É importante administrar a emoção na hora de ir embora, e esse é um desafio a ser superado. Os problemas normalmente acontecem quando o bebê percebe o estado de estresse da mãe e também se agita. O segredo é manter a tranquilidade, transmitindo segurança ao pequeno e deixar para chorar no banheiro ou no carro.... Pois é mamães, antes nós do que eles né! E não se frustre quando constatar que seu filho se adaptou bem sem você, quando perceber que os sorrisos que eram só seus agora ele distribui para as tias, isso é bom, é sinal de que ele gosta de estar onde está e de quem cuida dele.
7)      Largar a criança no berçário ou com o cuidador e só voltar horas depois não é a melhor estratégia na fase de adaptação. É preciso que alguém conhecido esteja por perto nesse primeiro momento para oferecer colo na hora do choro, e você se sentirá muito segura se este alguém for você. Essa estratégia evita que a criança se sinta abandonada e que aos poucos se acostume com a nova situação. Sugiro que a mamãe aproveite esse contato com as novas cuidadoras para passar o máximo de informação possível: jeito que gosta de mamar, como prefere ser ninado etc.
texto base no site http://bebe.abril.com.br

No demais, é confiar que tomou a decisão certa e ficar atenta aos sinais que seu filho está dando.
Certo dia uma mãe de 5 filhos me falou que o segredo para ser uma boa mãe é viver um dia de cada vez! E ela tinha toda a razão! O fim da licença chega... se ainda não chegou aproveite cada dia com seu baixinho, se já chegou, é hora de deixar tudo o mais prático possível para que as horinhas depois do trabalho sejam como se estivesse no paraíso! Tem sido assim com a gente....

Boa sorte a todas!
Beijos
Bru





obs. O avôzinho da Cyy, mamãe da Marcela, coautora do blog, está doente. Por isso mamães que seguem o DE MÃES PARA MÃES e tem carinho por nós peço orações pela recuperação dele e para o coração da Cyy se manter em paz!
obrigada.

6 comentários:

  1. Falta uma semana para ele começar na escolinha e eu começar a minha adaptação...pois dia 1o de agosto volto ao batente...já esta me dando frio na espinha ....adorei o seu post...vamos ver se me ajuda a esta triste porém possível batalha....bjus,,,,,estou te seguindo....

    ResponderExcluir
  2. Ótimas dicas! Mas eu vou ficar em casa até 1 aninho da Maria, consegui pedir afastamento sem remuneração no meu trabalho pra ficar com ela.
    Beijos

    ResponderExcluir
  3. Daqui a poucos dias será a minha vez!!
    A parte mais difícil é o emocional, estou aproveitando cada minutinho que me resta desse tempo integral ao lado do meu bambino!!
    bjs amiga e obrigada pelas dicas

    ResponderExcluir
  4. amiga eu to adorando ver a saga do pedrinho na escolinha no seu blog!!! adoro rsrsrs bjs

    ResponderExcluir
  5. Excelentes dicas, Bru! Estou aqui na minha agonia da última semana. Espero sinceramente que meu coração sossegue! brigada por compartilhar conosco a sua experiência.
    E vamos mesmo orar pela Cy e pelo vovô dela.
    Beijosss

    ResponderExcluir
  6. Adorei todas as dicas Bruna! Serão de grande utilidade quando eu for trabalhar, por enquanto até completar um aninho, quero ficar com a pequena mas mais cedo ou mais tarde precisarei passar por essa experiência também! Valeu mesmo por compartilhar com a gente e muito obrigada pelo carinho e orações pelo meu avô, tenho fé que no fim tudo dará certo, se assim for da vontade de Deus!
    Beeijos!

    ResponderExcluir